Spotify planeja limitar severamente seu plano gratuito


E a guerra do streaming continua a todo vapor. A gente sabe que o formato não agrada gravadoras e artistas, neste último caso temos Taylor Swift e Prince mandando o formato às favas a preferindo controlar seu material eles mesmos. No geral eles não gostam do pouco dinheiro que o formato paga, mas são obrigados a engoli-lo devido à queda geral das vendas de música (embora o formato tenha recebido uma lufada de ar fresco recentemente, ainda que com a venda de LPs). Serviços como o Spotify mantém acordos com a indústria da música, mas em geral os artistas e selos não gostam do ínfimo repasse de grana do formato e querem mais. Assim, uma das formas seria pressionar os canais a trancar o serviço, oferecendo apenas a modalidade paga ou restringir o modo gratuito ao máximo.

O Spotify estaria sendo pressionado para observar essa exigência, e denúncias apontam Cupertino como principal interessada nesse movimento a fim de promover seu Apple Music. E segundo informes parece que a companhia deu ouvidos às exigências.

De acordo com fontes apuradas pelo site Digital Music News as gravadora Universal, Warner e Sony vão renegociar seus contratos em outubro com novas regras, e uma delas seria justamente colocar uma barreira definitiva entre as músicas e os usuários que não desejam abrir a carteira. Os três selos já são acionistas do serviço e recebem uma taxa de US$ 0,007 por execução de música, fora o retorno com ads. Só que dos 60 milhões de assinantes do serviço apenas um terço são pagantes. Portanto, as gravadoras e artistas querem mais dinheiro.


Como ficaria a modalidade gratuita? De acordo com a denúncia ela sofreria restrições como atraso no lançamento de álbuns e mesmo assim, só uma ou duas faixas seriam liberadas gratuitamente daqueles mais recentes ou mais procurados pelos usuários, a fim de força-los a pagar por uma assinatura. A veiculação de ads continuaria, e álbuns menos importantes ou mais antigos seriam liberados com um tempo limite. E claro, nem todos os discos e músicas seriam liberados gratuitamente, mesmo com o passar do tempo.

Em suma, a ideia seria tornar o modo free tão inviável a ponto de obrigar o usuário a fazer a assinatura mensal do Spotify, garantindo mais dinheiro para o serviço e um repasse maior para os donos do conteúdo. Segundo as fontes o CEO Daniel Ek teria sido obrigado a engolir as condições das gravadoras, pois ele não estaria a fim de restringir o modo gratuito. Oficialmente o Spotify negou todos os rumores recorrentes sobre a limitação do modo free, mas é fato que eles vão e voltam constantemente.

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